AUTORRETRATO
As palavras preenchiam imediatas as folhas em branco
Sem identificação. Conotação, denotação, detonação...
Sensações no cérebro, explodindo emoção, comoção
Trajetória repetida seguidas vezes na memória
Menções de fúria, tristeza, pura incerteza
Da comida, da sorte, da morte, da vida
E as feridas cicatrizam, mas não curam de fato
Eis meu autorretrato. Versado, rimado, declamado.
Sou protagonista, meu coadjuvante, sou antagonista
Sou meu diretor e roteirista, sou meu espectador e artista
Eu sou o que eu quiser ser, sou quem eu quero ser
Sou “Leo”, “Naddo”, Leonardo.
Eis meu autorretrato. Filmado, interpretado.
E se incluir notas e melodias
Harmonias em desarmonias, canto e encanto e desencanto
“Decepcio-Naddo”, “apaixo-Naddo”, “emocio-Naddo”
Eis meu autorretrato. Tocado, cantado.
Eis meus slides...