Etéreo

Já dei tempo demais ao meu surto

A viagem deste culto aqui termina

O vulto despede no segundo curto

Quis ser pedra para não ser perda!

Já pisei demais em chãos alheios

Que fiquem minhas leves pegadas

Minha voz e versos nos devaneios

Quis ser etéreo para ser verdade!

Já teci mais que uma vontade só

E queimando a minha própria nau

Quero o alivio de não se ter feito

Quis ser inteiro para ser normal!

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 02/12/2013
Reeditado em 27/12/2013
Código do texto: T4595282
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.