Etéreo
Já dei tempo demais ao meu surto
A viagem deste culto aqui termina
O vulto despede no segundo curto
Quis ser pedra para não ser perda!
Já pisei demais em chãos alheios
Que fiquem minhas leves pegadas
Minha voz e versos nos devaneios
Quis ser etéreo para ser verdade!
Já teci mais que uma vontade só
E queimando a minha própria nau
Quero o alivio de não se ter feito
Quis ser inteiro para ser normal!