SÚBITA EFÊMERA
Minhas mãos
sentido de olhos
cegos que
percorrem estrada
sem fim e o fim
não quer que termine
ar fresco de uma
laranjeira florida
entre dois castiçais
acende com mãos
de sentido cego
que alcança-me
onde a razão
dorme no abismo
arrepio erupto
da pele ânsia
que por perto
não cança
paixão o véu
descoberto
da noiva
ainda antes
menina de sonhos
que agora vago
com mãos
de sentido cego
que alcança-me
todo orgasmo
deixado de prazer
como prazer
em tê-la
luz misteriosa
eternidade
ficará entre
quatro paredes...