SENTI!

Senti meus cabelos suaves ao vento

E senti meus olhos soltando um lamento

Em lágrimas escorrendo por meu triste rosto.

Senti os meus lábios se unirem aos teus

Senti no meu corpo a bênção de Deus

Senti a magia …da tarde em sol-posto!

Senti minhas mãos, que já calejadas

Pegarem as tuas, assim tão mimadas

Passeando depois por verde jardim.

Senti os meus dedos aos poucos, tremer

Senti o peito, por dentro a sofrer

Sabendo que tu…não serias pra mim!

Senti minhas pernas a cambalear

E os pés, que no chão eu queria firmar

Mas eu fraquejei, e não fui capaz.

Senti que novo meu fado voltava

A ser a angústia que me atormentava

Fazendo que a vida…voltasse pra trás.

Senti meus poemas perdidos, na rua

Senti minha alma, vagamente nua

Sem naco de pano para se cobrir.

Senti que o pão que tinha na mesa

Não deu para alguém que em plena pobreza

Não sabe sequer…o que é sorrir!

Senti que o natal que agora vem

É mágoa eterna no olhar de alguém

Que dorme na noite, olhando as estrelas.

Senti que o Amor que essa gente precisa

Seria pra eles, a mais pura brisa

Envolto em papel…de prendas, mais belas!

Senti que a esp’rança era renovada

Podendo correr numa nova estrada

E em cada criança eu visse um sorriso.

Senti que o mundo pudesse mudar

E depois, finalmente poder-se morar

NO TÃO ESPERADO…LINDO PARAÍSO!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 01/12/2013
Código do texto: T4594575
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