CLARO
Ô paixão cega, traiçoeira.
Que tocou fundo n’alma
E o fez escravo em vez primeira.
Não há como negar
Estampa-se no olhar
E no corpo inteiro.
Tudo se encaixa
Nada mais disfarça
Exposto está o ato
Nesse mesmo palco.
Não há tempo decorrido
Que seja impeditivo
Nem mesmo perdido
Basta se aceitar
Tudo que é sentido.