CENTELHA
Derrubar o muro sentencioso
Que há dentro de mim
e rasgar as faixas,
para que a luz possa atingir-me
intacta nesta busca íntegra
de ficar ilesa e despertar.
Olho ao redor e desespero
de mim mesma e do mundo,
sinto as peias e a escravidão
que habitam no meu ser
queimando-me na centelha,
nas formas estreitas
do meu entendimento humano.
Quero ser investigadora sincera
de mim e dos outros.
Assim não sendo,
jamais poderei participar
da grande realidade
que é viver, sentindo
cada vez mais o desespero
da ânsia da verdade.
21:54
30.11.2013