CENTELHA

Derrubar o muro sentencioso

Que há dentro de mim

e rasgar as faixas,

para que a luz possa atingir-me

intacta nesta busca íntegra

de ficar ilesa e despertar.

Olho ao redor e desespero

de mim mesma e do mundo,

sinto as peias e a escravidão

que habitam no meu ser

queimando-me na centelha,

nas formas estreitas

do meu entendimento humano.

Quero ser investigadora sincera

de mim e dos outros.

Assim não sendo,

jamais poderei participar

da grande realidade

que é viver, sentindo

cada vez mais o desespero

da ânsia da verdade.

21:54

30.11.2013

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 30/11/2013
Reeditado em 13/06/2014
Código do texto: T4593614
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