Do Vento-Corcel

Sopra para todos, o impertubável vento...

para o menino, em seu voo de papel

como se, na linha, soltasse um sentimento...

como se o seu coração voasse no céu.

Sopra para o jovem, que voa só o momento...

nesse seu presente de alado carrossel

voando em volta do próprio contentamento

feito o zangão em torno do favo de mel.

E sopra, também, para o envelhecimento

como um velho grisalho, debaixo do chapéu;

onde já sopraram ideias em fogaréu

e, hoje, é brisa na brasa do pensamento.

E que possa um, cavalgar esse movimento

como um bom moinho, nesse vento-corcel.

30-11-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 30/11/2013
Reeditado em 10/12/2015
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