Do Vento-Corcel
Sopra para todos, o impertubável vento...
para o menino, em seu voo de papel
como se, na linha, soltasse um sentimento...
como se o seu coração voasse no céu.
Sopra para o jovem, que voa só o momento...
nesse seu presente de alado carrossel
voando em volta do próprio contentamento
feito o zangão em torno do favo de mel.
E sopra, também, para o envelhecimento
como um velho grisalho, debaixo do chapéu;
onde já sopraram ideias em fogaréu
e, hoje, é brisa na brasa do pensamento.
E que possa um, cavalgar esse movimento
como um bom moinho, nesse vento-corcel.
30-11-2013