Sementes de Gelo

como uma ruína de alma,

esse arremedo espiritual,

caminho sem rumo nessa

estrada sem nenhum chão

pra me sustentar os pés,

como sementes de gelo

que deslizam,estéreis,

sem consistência,

me fazendo perder a noção

de toda a vida que ainda

sobrou em meu corpo.

e como sementes de gelo

me sinto tão vazia,

que em meu ventre

só se escuta o silêncio

da morte a murmurar

todos os segredos que

correm,inexistentes,

por todas as veias secas

que compõem meu já caído

corpo sem vida em que jaz

minha corrompida alma.

Karen Samira Yagami
Enviado por Karen Samira Yagami em 29/11/2013
Código do texto: T4592321
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