A chave
Quero versar minha tristeza
A cor é cinza
O peso é de chumbo
Carrego minha estranheza
Misturada aos meus gestos
Bebo minha taça de euforia efêmera
E mancho a discrição de medo
Não há metodologia em ser humana
Peca-se pela intensidade
Mazelas da incerteza
A melancolia acesa
Foi a luz que me sobrou hoje
Enquanto em meio aos jardins suspensos
O furacão ataca as bases
Uma mortandade de crenças
Se junta a outras milhares
Renovação e extinção de sentenças
Que duram a eternidade
A infinita inquietude
Que alimenta minha alma
Escorre nas pontas dos dedos
Ganha a liberdade
Verdade incontida
Acenando-me a chave
(A chave - Lia Barone)