SERES DA NOITE

Nada a noite ilumina na rua dos sonhos sombrios

Nem a lua ou estrelas nem os pirilampos vadios

Sentado no meio fio

O bêbado espera a chuva,

Saem-lhes os dedos das luvas

Dentro dos bolsos vazios.

No céu as nuvens frias, temerosas

Negras, densas, tenebrosas

Chama o vento ao rodopio.

Sombras lentas, vultos escuros,

Gatos em cima dos muros

Rendem-se ao assobio

Do morcego apressado,

Do mocho desacordado,

Fugindo do inseguro.

A moça olha da janela,

Sentindo os pingos celestes,

Aconchega-se as suas vestes,

Tranca tudo dentro dela.

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 28/11/2013
Código do texto: T4591106
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