COM A DOR
COM A DOR
Sônia Rêgo
Resta um silêncio,
vagas nas gavetas.
No espelho?
A silueta de alguém
que já não é...
A saudade de uma vida,
de repente... interrompida
e a lágrima que seca
nessa boca que reza.
Silêncio, soluços, lágrimas.
Uma mistura funesta
que dói e machuca.
Depois, passa, se acalma,
como quadro incolor
e minh’alma se acostuma
com a dor.
RJ – 28/11/13