sou o que me resta
fúria dos acasos
poesia que anoitece
sombra dos pássaros
asas dos sopros
pouso do ultimo sonho
e no meu abandono
a calmaria
nos ninhos desabitados
onde latejam meus pulsos
a existência do universo
que dissolve-se inteira
no meu sangue.
27/11/2013