quero a vida

O corpo dessa cabra

Que em seu andar

Lânguido e surrado

Me desperta

esse mugido, esse berro

esse alarido

esse barro sem cascalho,

aberto ao gosto

do tempo, do vento do medo

Essa coisa que os homens

em sua terra

(não cava )

esse beiço esganiçado

o quarto branco

De feno

de água, de musgo

agudo, apertado

escuro, reganho

estanho, castanho, puro impuro maduro

vivo

(partido) daquela ilha

tão pronta, tão santa, tão canto

sem vida

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 27/11/2013
Código do texto: T4589181
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