JEITO DE ADEUS
Lílian Maial
Vem nas notas da melodia,
nos versos tristes de uma canção,
lembranças gravadas em estúdio,
um cenário feliz de uma peça inacabada.
O estranho é isso: não acaba nunca!
A coisa vai se imprimindo na memória,
parece que está fora de moda
e, de repente, vem de volta, numa onda,
e se vai em espuma com a maré de sorte.
Fica a maresia, a eterna sensação de mar,
a ferrugem nas dobradiças...
E se coloca um óleo, um grafite,
e se disfarça os rangidos,
até trocar por uma porta nova.
Mas o espaço dos portais está lá,
recordando, a cada dia,
que ali já houve uma casa.
Formigas ouvem música na pedra,
o vento varre varizes vazias,
o sangue pulsa e jorra saudade.
Adeus tem gosto de nunca mais.
************
Lílian Maial
Vem nas notas da melodia,
nos versos tristes de uma canção,
lembranças gravadas em estúdio,
um cenário feliz de uma peça inacabada.
O estranho é isso: não acaba nunca!
A coisa vai se imprimindo na memória,
parece que está fora de moda
e, de repente, vem de volta, numa onda,
e se vai em espuma com a maré de sorte.
Fica a maresia, a eterna sensação de mar,
a ferrugem nas dobradiças...
E se coloca um óleo, um grafite,
e se disfarça os rangidos,
até trocar por uma porta nova.
Mas o espaço dos portais está lá,
recordando, a cada dia,
que ali já houve uma casa.
Formigas ouvem música na pedra,
o vento varre varizes vazias,
o sangue pulsa e jorra saudade.
Adeus tem gosto de nunca mais.
************