DOIS POEMAS
1.
MINHA POESIA
Minha poesia
é um sopro de nada
que vai a lugar algum.
Um verso sem estrada,
vala cavada
num ermo comum.
2.
TEM NOITES
Tem noites
que os versos
me afagam.
Depois me afogam
num mar de estrelas.
E naufragamos
enluarados
de imensidão.