CAUSA E EFEITO
(Sócrates Di Lima)
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
Não era ele a luz, mas para que testificasse da luz.
Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo.
Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;
Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
João testificou dele, e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: O que vem após mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.
E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça.
Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou.
E este é o testemunho de João, quando os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?
E confessou, e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo.
E perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu profeta? E respondeu: Não.
Disseram-lhe pois: Quem és? para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes de ti mesmo?
Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.
E os que tinham sido enviados eram dos fariseus.
E perguntaram-lhe, e disseram-lhe: Por que batizas, pois, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta?
João respondeu-lhes, dizendo: Eu batizo com água; mas no meio devós está um a quem vós não conheceis.
Este é aquele que vem após mim, que é antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar a correia da alparca.
Estas coisas aconteceram em Betabara, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando.
No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
Este é aquele do qual eu disse: Após mim vem um homem que é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.
E eu não o conhecia; mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água.
E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como pomba, e repousar sobre ele.
E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.
E eu vi, e tenho testificado que este é o Filho de Deus.
No dia seguinte João estava outra vez ali, e dois dos seus discípulos;
E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de Deus.
E os dois discípulos ouviram-no dizer isto, e seguiram a Jesus.
E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam, disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde moras?
Ele lhes disse: Vinde, e vede. Foram, e viram onde morava, e ficaram com ele aquele dia; e era já quase a hora décima.
Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de João, e o haviam seguido.
Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo).
E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).
No dia seguinte quis Jesus ir à Galiléia, e achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me.
E Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro.
Filipe achou Natanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.
Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem, e vê.
Jesus viu Natanael vir ter com ele, e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo.
Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira.
Natanael respondeu, e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel.
Jesus respondeu, e disse-lhe: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás.
E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem.
João 1:1-51
CAUSA E FEITO
(Sócrates Di Lima)
O mundo assim se fez,
e desde os seus primórdios,
a violência já existia,
Começando por Caim em face dee Abel..
De lá para cá,
Nada mudou, apenas se agravou...
O homem normal já não é tão normal assim,
Seu cárebro carrega emoções de nível tão alto,
Que na sua combustão se transforma em surto,
O sutro psicótico que o faz cometer loucuras,
Sem quais quer precedentes.
E com isso nasce o crime,
não o crime famélico,
Mas o crime que rasga a vida e esquarteja a razão.
O homem(ser humano) perde a sua identidade,
E esfola à sua própria espécie,
Diferente do animal que mata pela sobrevivência,
Mas o homem mata pelo prazer de matar.
Não existe o crime perfeito,
O que existe são falhas na persecução criminal,
E as lacunas da lei,
que nem sempre pune de modo exemplar,
aquele que infringiu a lei.
Há os crimes banais,
Por motivos torpes,
Futeis,
Sem quaisquer chances de sua detenção,
Mas, há os crimes violentos e trágicos,
os quais é necessário buscar com profundidade,
As suas razões...
Todo o crime é passivo de punição,
Mas, punir-se quando toda a verdade é alcançada,
Toda as chances da ampla defesa,
Do contraditório na sua máxaima,
Desde o devido processo legal,
Até o veredito em última ainstância.
A comoção social é fator persuasivo,
Que não pode ser confundido com justiça,
O juiz não julga com paixão,
E nem levado pela comoção social,
Aquele que julga sem se cansar na busca da verdade real,
não pode julgar sem todas as provas lícitas, cabíveis,
Aquele que julga por emoç.ão, ou á luz do seu convencimmento,
Parcial, náo pode julgar, deve ser julgado.
Quais as causas que levaram um individuo a cometer um crime,
Quais os efeitos e consequencias no meio social em que vive,
Quais os agravantes e atenuantes que levaram o Julgadaor
a dosimetrar a sua pena no caso concreto,
No crime hediondo...
Porque a Lei é tão branda,
Qual a atuação dos direitos humanos ao lado do criminoso,
E nunca ao das pessoas que sofreram com a perda de um ente querido...
A paixão leva a busca da verdade,
Ou no mínimo, as razões que levaram ao cometimento do horrendo
desvio de conduta.
Não se questiona o holocausto, pois, este se resume na insanidade,
do criminoso, ambição, ganância, discriminação, superioridade e tirania.
O mundo termina, mas não termina a insanidade humana,
A cada dia vemos que o homem perdeu definitivamente a sua identidade,
Se convenceu que a vida é apenas um acaso, um fato comum,
E não vale nada...
esses crimes não carecem de aprofundamento, é cometido pelo homem
que não conhece e náo sabe o valor da vida, muitas vezes vindo de berços,
Onde o crime faz parte da mesa, desde o café da manhã.
Sei que o mundo atravessa seu próprio holocausto,
E Deus indiretamente vai punindo o homem pelos crimes contra a natureza,
Mas, os crimes contra a vida sáo relegados á justiça e ao julgamento final de Deus.
Onde a justiça dos homens será morta pela sua própria espada,
E só prevalecerá a justiça de Deus.
..E o principio era o verbo, e o verbo era Deus...
O fim continua sendo o verbo,
E o verbo, é Deus.