Post Mortem
Perdi o medo quando perdi a vida,
pactuei com a dor o rubro da veia,
habituei o indivíduo morto à saída,
à despedida da face que incendeia.
Morri aos murros e urros da poesia,
envelheci no ardor do final da noite,
creditei oxigênio para acordar o dia,
e debitei à madrugada o meu açoite.