Post Mortem

Perdi o medo quando perdi a vida,

pactuei com a dor o rubro da veia,

habituei o indivíduo morto à saída,

à despedida da face que incendeia.

Morri aos murros e urros da poesia,

envelheci no ardor do final da noite,

creditei oxigênio para acordar o dia,

e debitei à madrugada o meu açoite.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 26/11/2013
Reeditado em 27/12/2013
Código do texto: T4587902
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