Estátua marcada...
Caía da sacada,
Pelo chão a pequena estátua
Onde o bronze e o ferro
Tragavam os laços das pegadas
E transbordavam em nuvens
O sentir só.
À tarde
O vento sopra brando
E os golpes
Dos passos vibram e tentam em
Vão resistir ao tempo dos mortais
Serve com tábua das cores,
O marfim que circula a estátua
E cobre de sombra
A réstia com o nascer do sol
Rasga-se a vergonha
E torce a roupa
De relva selvagem.
E eu, estátua marcada;
Concha perdida;
Deleito-me com o mar
E tiro dele a presença divina
E sinto os espinhos das rosas
E como com as vitórias-régias.
As contas e equações me traem
E sofrem com o desespero
E o EU torna-se o bronze e o
Ouro dos imortais
Onde os deuses governam
E transcendem
O alquimista do tempo, da
Glória. Andréa Farias