MANHÃ DE INVERNO
Do alto da serra
Corredeiras lindas
Espumantes, lépidas.
Com a madrugada fria
Branqueiam e enrijecem
Perdem sua voz
Ou da canção se esquecem
Na planície ampla
Lagos cristalinos
Mansos
Espraiados
Brancos
Que emoção
Até a casinha
Lá do pé da serra
Tornou-se mais branca
Do que na canção
Mata esplendorosa.
Animais frientos buscam proteção
Um nascer tão frio
Forma um quadro lindo
Dá inspiração.
Com o nascer do sol
Fumaça e nevoeiro
Por favor, meu rei.
Não faça isto não
Dê um tempo ao branco
Dê um tempo ao frio
Dê um tempo enfim
Para a contemplação