Nove vagões, oito vidas

Como nuvem eles vem

Arregaçando nove histórias

Aos muitos outros devastação

Área de risco, social inglória

Fora da linha, o mundo acontece

Ninguém observa, só quando sai o grito

De um filho, desesperado, aflito

Que as lentes iniciam a quermesse

A culpa do mundo a técnica explica

Mesmo que senhores e senhoras supliquem

Não há futuro, justiça mas respeito impuro e errado

Foi o cotidiano humano, esse festejo despedaçado

Agora tudo está derramado ao chão

As alegrias, as moradias, as crianças sadias

E seguindo nos trilhos do seguir, quem sabe,

Nove vagões, vários vagos corações, oito vidas