Descompasso...
E destoam as ondas do mar...
Para quem não pôde amar,
uma sombra revestida de solidão,
uma mão de quase,
um verso que parte
sem ter aonde chegar
Qual canção sem alma,
n'um barco a deriva
e um par de asas cortadas
para que se curve a fronte
e não se olhe o horizonte
de seu trono usurpado,
nesse poema desencantado,
onde não se é permitido
sonhar.
Denise Matos