SEI!

Eu sei do passado

Que tive na vida

E sei da ferida

Do meu triste fado!

Eu sei da quimera

Trazida comigo

Não sei do abrigo

Que longe me espera!

Eu sei desse dia

Que em breve me amaste

E quando compraste

A minha poesia!

Eu sei, que na estrada

Fui ficando mudo

E sabendo tudo

Hoje não sei nada!

Eu sei que o poema

Em teu ventre trazido

Foi o meu sentido

E foi o meu lema!

Eu sei que as aves

Ao levantar voo

Em cantos suaves

Dizem-me onde estou!

Eu sei para mim

Que não importa a raça

Mas há quem disfarça

E não pense assim!

Eu sei que a paz

Distante `inda está

Mas eu, triunfante

Ganhei-a pra já!

Eu sei que a guerra

Não quer merecer

Mas eu nesta terra

Já a fiz…morrer!

Eu sei que a flor

Não irá murchar

Enquanto o amor

Suportar a dor

Do meu versejar!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 25/11/2013
Reeditado em 25/11/2013
Código do texto: T4585527
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