DESCAMINHOS

Cantam as cigarras no entardecer

Longe

Tão longe que apenas as ouço

Não as vejo.

Diviso os pirilampos

Precipitados na noite que se apressa

Por causa da chuva

Que lentamente derrama seus pingos.

Perde-se o andamento normal

Do caminhar da natureza.

Há descaminhos.

Desembestam as galinhas d’angola

A arrumar abrigo para pernoite,

Acreditam em suas asas

E uma a uma, como saltadores do espaço

Escondem-se

Entre os galhos da mangueira.

Sob a luminária da varanda

Aprendo lições e apuro meus ouvidos.

Nitidamente ouço a voz de Deus

Que comigo fala pela natureza.

Tão lindamente, tenho aqui a contribuição da grande Tânia Meneses, poeta deste recanto e amiga, a quem agradeço pelo enriquecimento desta página.

DEUS CANTA

NO TEU CORPINHO

PASSARINHO.

Tânia Meneses

Igualmente enriquecedora, a contribuição de HLuna, a quem agradeço, pela gentileza:

Passarinho que voa

sobre as águas da lagoa,

o teu canto,

é puro encanto.

HLUNA

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 24/11/2013
Reeditado em 24/11/2013
Código do texto: T4585013
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