Da minha janela
É da minha janela
que vejo a rua,
assim, tão pequena e quieta,
lá embaixo, vejo tudo.
Não me lembro se foi ontem
que a saudade veio ter comigo,
na minha janela,
e de mãos dadas
ficamos, sempre.
Presumo que é na minha janela, então,
que nasce a saudade dos caminhos,
na dimensão das horas,
no tamanho das searas maduras,
e o tempo que leva
a saudade dos olhos ao coração.
Lin Quintino