Da minha janela

É da minha janela

que vejo a rua,

assim, tão pequena e quieta,

lá embaixo, vejo tudo.

Não me lembro se foi ontem

que a saudade veio ter comigo,

na minha janela,

e de mãos dadas

ficamos, sempre.

Presumo que é na minha janela, então,

que nasce a saudade dos caminhos,

na dimensão das horas,

no tamanho das searas maduras,

e o tempo que leva

a saudade dos olhos ao coração.

Lin Quintino

lin quintino
Enviado por lin quintino em 24/11/2013
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