MENINO DA RUA!

Nasceste despido, em berço tão triste

O lar que tiveste foi a solidão

E hoje só dormes, na rua, no chão

À mercê do frio, enquanto resiste!

Menino da rua, tão esfarrapado

Não há quem te dê um naco de pão?

Uma sopa quente, a palma da mão

Para transformar esse pobre fado!

Sorte desgraçada, em sofreguidão

Tão vil, degradante, de alma tão nua

E enquanto apenas, tiveres a rua

Não queres, nem tiras…os olhos do chão!

Menino tão meigo, quem é pecador?

Quem fez dessa vida a voz sem razão?

Para que vivesses só na escuridão?

Sem teres para ti…um tempo de amor?

Dormes em jornais que são teu lençol

Mas se o vento vem, ficas descoberto

E a morte parece ficar bem mais perto

Quando vier o dia e não veres o sol.

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 24/11/2013
Código do texto: T4584741
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