mamãe
mamãe mamãe querida
mamãe
qual será seu próximo
passo mamãe?
você não mais pode me
banhar mamãe
o rubro rio
me su-foca
estou proibido
você não mais pode velejar em meu corpo mamãe
estátua nua decoração única apenas
uma miragem um espelho
aprimorado uma
mágoa glacial
como pôde errar tanto
mamãe não é mesmo mamãe
mamãe mamãe
te amo tanto mamãe
mamãe mamãe
já pensei em
te matar mamãe
como pôde criar isso
mamãe mamãe mamãe
dá-me o gozo mamãe dá-me mamãe
amamenta-me do teu
leite plangente
debruçado sobre o ermo
precipício pergunto-me
avanço
ou descanso
ousa me empurrar
mamãe ousa me empurrar mamãe
cadela safada minha
mãe
ousa me empurrar que te puxo para o Inferno
mamãe a culpa é tua mamãe
mamãe mamãe
olhe só o que você
criou mamãe
cada beijo rouco cada
beijo lúgubre mamãe
que nojo mamãe cada
abraço cada
gemido
mamãe mamãe cada
prazer
do Demônio mamãe
que lixo de poesia mamãe
Até isso você conseguiu destruir, mamãe...
mamãe mamãe