agonia

ela me chama

no meio da noite

enquanto estou

envolto nos sonhos

ela me puxa

me morde

me usa

abusa do meu corpo

e da minha cabeça

(que já não pensa)...

ela me atormenta

se mostra leve

fagueira e solícita

depois me ignora

minha alma

chorando implora

suas migalhas

ela é minha vida

sem ela vegeto

como verso

eternamente incompleto

ela diz que não me ama

mas no fundo

não sai da minha cama

e quando fecho os olhos

ela pula no meu colo

se esfrega, se entrega

como eu tanto queria

ela é só minha:

POESIA.

José Benício
Enviado por José Benício em 22/11/2013
Reeditado em 22/11/2013
Código do texto: T4582020
Classificação de conteúdo: seguro