FOGE
Deixa fugirem estes pequenos afagos,
No cabelo molhado
Da face enrustida
No meio do nada
Depois da briga
Deixa fugir teu braço no meu,
Correndo incessante
Caminho sem fim
Deixando poeira
Fazendo clarão
Correndo descalços, em pleno verão
Deixa fugir a voz,
Te chamar pra dentro
Esperar na porta
Ouvir teu lamento
Rezar contigo
Te dar abrigo
Deixa fugir meu olhar sobre o teu,
procurando vestígios,
de um amor em comum
Par a par, cada um.