As palavras querem ser livres..
As palavras adormecidas
Criam vida em minha mente
Pulam
Gritam
Pedem pra sair
Já não suportam a clausura
Não querem mais
Prisão domiciliar
Palavras vêm de fora
Nascem da contemplação amorosa
Ou mesmo da percepção raivosa
Odienta
Do que é visto
lido
E entendido
As que querem
Se libertar de mim
Não são assim
Do tipo
Cheio de ódio
Muito antes pelo contrário
Essas mais vorazes
Até já passaram
Pela minha cabeça
Tentaram formatar
Meu pensamento
Mas
Por falta de espaço
Sufocadas
Pelas outras
De pura verdade
Ternura
E muita amorosidade
Se perderam em si mesmas
Ou se foram sem despedida
Mas essas agora
Que se sentem aprisionadas
E buscam a liberdade
São as mesmas
Que compuseram
Meus poemas mais sensíveis
Os que continham uma maior
Lascívia
E até aquelas
Que defendiam
O que ainda muito acredito
O meu pensamento político
A sede por justiça social
É que as minhas palavras
Aquelas que ocupam
Minha mente
E que conduzem minhas ações
Precisam sair de mim
De vez em quando
Se juntar a outras tantas desse mundão
Velho de guerra
Participar de outras frentes de batalha
Entender outras aflições
Outras formas de amar
Outras possibilidades
De lidar com o conflito
De toda ordem
Pois as palavras
nascem do real
Do que se faz
Do que se vive
Do se ouve
Do que se escolhe
E as minhas
Agora
Andam precisando
De novos ares
De outros diálogos
Que não sejam os meus habituais
Vou deixá-las ir
Mas com uma ordem bem explícita:
Nada de se impregnar da maldade humana
Nada de entrar na Marcha errada
Nada de deixar o protesto legítimo
E ficar por cima do muro
por puro comodismo
E que não se locupletem
De sentidos escusos
De falsos moralismos
Que apequenam a razão de Ser
Assim minhas palavras
podem sair de mim
E sei que retornarão
Ainda mais dengosas
Mais pressurosas
Em fazer sempre a defesa
Do Bem
Do Amor
E do que realmente importa
As palavras adormecidas
Criam vida em minha mente
Pulam
Gritam
Pedem pra sair
Já não suportam a clausura
Não querem mais
Prisão domiciliar
Palavras vêm de fora
Nascem da contemplação amorosa
Ou mesmo da percepção raivosa
Odienta
Do que é visto
lido
E entendido
As que querem
Se libertar de mim
Não são assim
Do tipo
Cheio de ódio
Muito antes pelo contrário
Essas mais vorazes
Até já passaram
Pela minha cabeça
Tentaram formatar
Meu pensamento
Mas
Por falta de espaço
Sufocadas
Pelas outras
De pura verdade
Ternura
E muita amorosidade
Se perderam em si mesmas
Ou se foram sem despedida
Mas essas agora
Que se sentem aprisionadas
E buscam a liberdade
São as mesmas
Que compuseram
Meus poemas mais sensíveis
Os que continham uma maior
Lascívia
E até aquelas
Que defendiam
O que ainda muito acredito
O meu pensamento político
A sede por justiça social
É que as minhas palavras
Aquelas que ocupam
Minha mente
E que conduzem minhas ações
Precisam sair de mim
De vez em quando
Se juntar a outras tantas desse mundão
Velho de guerra
Participar de outras frentes de batalha
Entender outras aflições
Outras formas de amar
Outras possibilidades
De lidar com o conflito
De toda ordem
Pois as palavras
nascem do real
Do que se faz
Do que se vive
Do se ouve
Do que se escolhe
E as minhas
Agora
Andam precisando
De novos ares
De outros diálogos
Que não sejam os meus habituais
Vou deixá-las ir
Mas com uma ordem bem explícita:
Nada de se impregnar da maldade humana
Nada de entrar na Marcha errada
Nada de deixar o protesto legítimo
E ficar por cima do muro
por puro comodismo
E que não se locupletem
De sentidos escusos
De falsos moralismos
Que apequenam a razão de Ser
Assim minhas palavras
podem sair de mim
E sei que retornarão
Ainda mais dengosas
Mais pressurosas
Em fazer sempre a defesa
Do Bem
Do Amor
E do que realmente importa