Da Escultura Sonora
Tudo que faltava entre nós, era esse sonoro recheio
e, agora, que ele já veio...no lindo tom da sua voz
parece que todos os nós (que o silêncio pusera no meio)
se desataram...e eu creio que meigos laços virão após.
A palavra, ao beijar o papel, tece um carinho escrito
e tudo que (assim) é dito, ao ser lido, tem gosto de mel
como se colocasse um véu delicado, gentil e bonito
na nudez desse esquisito silêncio virtual da Intel.
Porém, a palavra falada é o perfume do coração
um cor-de-rosa de emoção...uma escultura delicada
que, por sua voz, foi talhada em meu ouvido-pedra-sabão
e, pela minha memória (então) pode, agora, ser tocada
toda vez que for escutada no eco da imaginação
quando fala, seu sotaque-Paixão, minha musa não mais calada.
20-11-2013