Da Escultura Sonora

Tudo que faltava entre nós, era esse sonoro recheio

e, agora, que ele já veio...no lindo tom da sua voz

parece que todos os nós (que o silêncio pusera no meio)

se desataram...e eu creio que meigos laços virão após.

A palavra, ao beijar o papel, tece um carinho escrito

e tudo que (assim) é dito, ao ser lido, tem gosto de mel

como se colocasse um véu delicado, gentil e bonito

na nudez desse esquisito silêncio virtual da Intel.

Porém, a palavra falada é o perfume do coração

um cor-de-rosa de emoção...uma escultura delicada

que, por sua voz, foi talhada em meu ouvido-pedra-sabão

e, pela minha memória (então) pode, agora, ser tocada

toda vez que for escutada no eco da imaginação

quando fala, seu sotaque-Paixão, minha musa não mais calada.

20-11-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 21/11/2013
Reeditado em 10/12/2015
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