Chama

A boca que chama,

da língua acesa, queimando tudo,

palavras, pensamentos em cinzas,

Grises fases no olhar,

cheiro malagueta o cozinhar dos beijos;

era uma faísca, era o final.

O gosto amargo da madeira, a cera derretida,

o toco do cigarro, a caverna aberta, o túnel infinito.

Perdida, perdida dentro da sua pupila,

seu abraço ocular, seus cílios a ventar;

brisa calma, brisa.

A cortina cai, o cabelo despenteado, alguns fios, desajeitados.

Uma pausa, o suspiro, esquecimento. O tempo que passou,

era tudo bonito.

langelle
Enviado por langelle em 21/04/2007
Código do texto: T457986
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.