Curvando
Lagrimas de sal queimando meu mundo, larvas.
Molha meu rosto em chama, caindo tudo.
A minha voz não é a mesma, sufocante.
O grito mudo, algo fundo.
Ainda escuto soluçante, afundando a visão,
Entre o leque das mãos e seus dedos firmes.
Os joelhos sempre foram a mesa do leito, a curva.
O feto já feito, não volta revolta, a luta.
O corpo que ignora, alma que atora.
Cuspindo ouro, tragando lixo, bafora.