Curvando

Lagrimas de sal queimando meu mundo, larvas.

Molha meu rosto em chama, caindo tudo.

A minha voz não é a mesma, sufocante.

O grito mudo, algo fundo.

Ainda escuto soluçante, afundando a visão,

Entre o leque das mãos e seus dedos firmes.

Os joelhos sempre foram a mesa do leito, a curva.

O feto já feito, não volta revolta, a luta.

O corpo que ignora, alma que atora.

Cuspindo ouro, tragando lixo, bafora.

langelle
Enviado por langelle em 21/04/2007
Reeditado em 21/04/2007
Código do texto: T457984
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