ADÁGIO
ADÁGIO
Estou acenando para você lá do céu,
Com meu guarda chuva amarelo,
Estou vendo você daqui sentado na plateia que está vazia,
Ao som do violino que não vejo, da música cantada pelo amigo,
Estou acenando para você nas lembranças do seu coração,
Nas coisas que só você vê, na saudade que sente, sem saber ao certo do quê.
A minha mão que procura a sua, na árvore da bela paisagem onde você não está.
Todos foram embora e eu fiquei na plateia vazia de coração partido.
Agora no barco que navega por águas cristalinas, no destino incerto,
ME Aproximo de uma fortaleza, o som do violino emudece,
Imagens aparecem e, vou-me acenando para você.
Há uma orquestra do outro lado, belezas diferentes misturam-se , a fortaleza ilumina-se , ao som de adágio, a neblina, a nevoa, o fogo, dançam num espetáculo nunca contemplados por mim, e você não está mais ao meu alcance .
Portões se abrem e no bolso encontro sua mensagem e choro ao som de adágio,
Não me conhecias e sabias tudo sobre mim, reconhecesses o meu grito quando te chamei,
TE procurei para me despedir , para me consolar,me pus de pé ao teu lado,
Chorei quando estavas triste, desabafei contigo e te mostrei a sequência dos meus dias,
TE vi soberana, te vi menina,te procurei na constelação, na distancia em que te encontravas ,
Correstes para assustar os pombos, a tristeza se abateu sobre mim,
Criei estilos que me fizeram viver para isso e da nada valeu criar um mundo imaginário,
Que acabei perdendo.
Tenho apenas você a lembrar de mim, porque foi para tão distante? Se eu e você estivemos sempre juntos?
POLLY HUNDSON
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