ESTRADA DE ÂNSIAS

A estrada guia o tempo
Luvas protegem as mãos
Ânsias na poeira
Queimam nos olhos do céu

A estrada prende o tempo
Passos rasos da vida
Ânsias nos ares
Queimam rastros de galáxia

A estrada solta os lamentos
Lavas encobrem os morros
Ânsias nas bocas
Queimam perdidos amores

A estrada fica na história
Levas se perdem no tempo
Ânsias desfazem a paisagem
Queimam vestígios das festas

A estrada finge o eterno
Luvas protegem as mãos
Ânsias nas pontas dos dedos
Queimam os textos da vida