QUANDO A ALMA ESCREVE

Bebo emoções e magias

que jorram cristalinas

na fonte da vida

e regurgito poesia.

Permeio tristeza e alegrias,

verdades e fantasias.

Minha alma sem limites,

amarras e mordaças não permite.

Com suas asas gigantescas

sobrevoa paisagens

em frescas aragens.

Cria imagens,

sofre miragens.

Pego carona em asas alheias,

construo castelos de areia,

faço pactos com sereias

e confidências para a lua cheia.

Debulho emoções

com ternura,

mergulho em paixão

com loucura.

Falo com fervor

do meu,

do seu,

do nosso,

do vosso amor.

Grito,

me agito,

percorro o infinito.

minhas letras se fazem

contas de rosário,

faces do escapulário,

segredos do diário.

São livros que vivi,

personagens que vesti,

músicas que senti.

E cada vez

que um pouco morri

minha alma manteve a altivez

em cânticos entoados

e cântaros chorados

sublimados ao céu,

rompendo além universo

num epitáfio em versos.

Rose Tunala
Enviado por Rose Tunala em 20/11/2013
Código do texto: T4578749
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