O VALOR DA LIBERDADE
Lança – me ao fogo astuta tempestade
No furor do medo seja eterno estopim
Leve-me ao deserto inóspito sem piedade
Busque a verdade que flui dentro de mim.
Não lance às traças o sincero abrigo
Oferecido em troca deste pão
O alimento a saciar-me a fome
Néctar puro para um sombrio coração.
Dê – me da vida a sinceridade dos que
Caminham solitários e sempre a sós
Perambulando ante a dor e o descaso,
De falsos dotes dos que viraram pó.
Não macule a força e a coragem
Daquele que na lei busca a proteção,
Não frustre o valor da amizade
De quem na vida depositou - lhe devoção.
Solidariza – se diante dos que se quedaram
Frente o peso frio a aprofundar – lhes o chão,
Não submeta à força da deslealdade,
Dos que com veracidade devolveram – lhe a dedicação.
Não me veja apenas como escudo de seus medos,
Na insegura lide o guerreiro vencedor
Cative apenas o sabor da liberdade pedra angular
De real fidelidade que pela lei dos homens hoje lhe dou.
CRS 20/04/07