Joaquim - O Bardo Pardo

Joaquim, o homem bardo

fi-de-pobre de tom pardo

com seu terno branco sujo

apelidado, o caramujo

Seus versos que emocionavam

alguns com ele já cantavam

versos tristes e belos

menos triste e mais belos

Falava muito da cidade

de todo povo, toda idade

do mais velho ao bebê

todos param para o ver

O artista andarilho

pelas ruas ou nos trilhos

se põe o moço a cantar

co' o violão, cantarolar

Esse povo do meu lar

o asfalto é o novo mar

lua cheia que ilumina

todos manos, todas as minas

Da janela vão pular

soprando a alma pelo o ar

afogando cada mágoa

a tempestade em copo d'água

Meu senhor, oh meu senhor

livrai meu povo dessa dor

dar-nos paz e alegria

que nunca acabe a folia

O riso torto em cada face

dos que vi, melhor disfarce

a moça bela na varanda

vendo tu e tua banda

A banda passa, vai tocando

a multidão se atracando

ao amor de cada verso

atenção o que lhe peço

Meu senhor, oh meu senhor

livrai meu povo dessa dor

dê-no paz e alegria

nunca acabe essa folia

Joaquim se despedindo

da um tchau e vai partindo

se foi o bardo da alegria

só há festa, só folia

Aleph Maia
Enviado por Aleph Maia em 20/11/2013
Reeditado em 20/11/2013
Código do texto: T4578426
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