DO TELHADO
Há um pedaço de chão, de trapos, farrapos, vidas,
frangalhos
Pedaços de nós, do outro, pedaços de todos
Pensamentos em caracóis buscando os jardins da
ilusão
Almas sedentas, lábios ressequidos, sonhos perdidos
Gente viva, gente morta, gente cinza
Taças quebradas, pés descalços, a canção finda
A noite partiu, as estrelas dormiram
Silenciaram os pássaros, recolheram a brisa
O mundo tornou-se deserto de sonhos e fantasias
Um rastro das horas que nascem nas madrugadas
Passos... passos... silenciando.. é novamente dia