Frutos da Árvore da Poesia

Fruto atroz da agonia

foi essa nova poesia,

foi parida entre gemidos

só para ter comigo

uma nova alegria.

Fruto doce do entendimento

foram letras de contento,

foram nascidas da minha pena

feitos lúgubres emblemas

para enfeitar manhã serena.

Fruto amargo dessa dor

foram meus versos de amor,

foram surgindo com langor

pra resolver esse problema

da paixão por açucena.

Fruto azedo da ganância

essa estrofe sem bonança,

degolando a abastança

dos meus tempos de criança

onde havia comilança.

Fruto maduro do desejo

versificado num beijo,

tocando seus lábios vermelhos

tocando sua alma que é pura

com um gesto de ternura.

Fruto inebrio do poema

germinado em meu sistema,

concatenado tão obstante

bem longe do que era antes

e agora com novo tema.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 17/11/2013
Código do texto: T4574525
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