SOMBRAS
(Sócrates Di Lima)

Prostrado na janela do meu pensamento,
Divago na imensidão,
Sem a brisa como acalento,
É como se chorasse...o meu coração.

Havia desaprendido de chorar,
Nem lágrimas mais eu tinha,
Porque havia me decidido a não mais amar,
E seguir na contramão da alma minha.

Mas, o destino me agraciou,
Colocou em meu caminho,
A mulher que a ferro e fogo me marcou,
Encheu-me de ternura e carinho.

Fez-me redescobrir os sonhos meus,
A vontade insana de, para sempre amar,
E em joelhos orei e jurei a Deus,
Para nunca a ela abandonar.

Pacto de amor eterno fizemos,
E o amor fincou raiz...
Loucuras de amor tivemos,
Muito mais do que nessa vida já fiz.

E quando o dia terminou,
Nuvens negras cobriram nossos céus,
Nossos olhos cegaram e tudo escuro ficou,
E as sombras cobriram-nos nos mais negros véus.

E veio então a vontade insana de chorar,
Meu peito se dilacerou em dor,
Meu coração já não conseguiu suportar,
E os meus olhos derramou o amor.

Sombras....
Não sei de onde vieram,
E nem sei se deixarão sobras,
Mas sei que nos abduziram....

O que fazer minha com minha alma calada!
O que fazer com o amor meu...
Se acordei na madrugada,
E senti que o meu coração de você, se perdeu.

Onde....como....porque!!!!,
Não sei e nem quero saber,
Só sei que em algum lugar eu e vocë,
Em sombras nos tornamos sem mesmo querer....

Escrita em 20 de setembo de 2013.
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 16/11/2013
Reeditado em 16/11/2013
Código do texto: T4573470
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