Um discurso falido
E, na falta do respirar, há o alento...
Há a chuva fresca abaixando a poeira acumulada na existência...
O vento sacudindo... Ponto abaixo antigas construções...
Há algumas reflexões acerca do mundo...
A dinâmica é sermos sempre nós mesmos...
Mesmo que tentem nos mudar
Ou imprimir sobre o que somos suas milhões de faces...
Rostos sorridentes... Caras felizes...
Tenho um compromisso sério comigo mesmo!
E ainda que eu me seja falho ou que demonstre fraqueza,
Não quero ser moldado por nenhuma neste mundo corrompido...
A verdade é que estou farto de semideuses...
Das perfeições - todas - a que me sujeitam...
Porque pior que a padronização estética – tão comum -
É a padronização comportamental...
É o remodelamento emocional...
Aí é o momento em que recolho aquilo que sou
E afasto-me deste estado conflituoso...
Ponho-me longe das margens do espaço alheio...
No mais, conviver é necessário...
E se há nisso algum segredo, este é a tolerância...
A paciência...
O resto é experiência para outras experiências...
Um eterno ciclo... Uma ou duas decepções...
Uma vida posta à mesa para discussões...
Um rosto entristecido ao fim de cada dia.