Lousa
Do sonho que sonhei quando dormia
A escuridão, juntamente com a cruz
Ecoava um canto de misericórdia
O meu passamento, o silêncio dos coitados.
Em terra de vivente era eu miserável
A dor que devorava, hoje adormece
No túmulo de minha alma a alegria
Amanhece o meu triste pensamento
Desta terra não levo uma saudade
Nem nos momentos embelecidos
Proporcionada pela ilusão amorosa
Adoeci assim, por amar a minha história
No meu corpo a marca do tédio em vida
Em minhas frustradas tentativas, o suspiro
Descanso na terra dos Judas
Assim dou adeus a minha linda senhora