NASCIMENTO DE UM AMOR
(Sócrates Di Lima)
Sedes minha amada...
Pois, não criei-te de minhas costelas,
Nem foste engravidada,
No ventre das sentinelas.
Semeei-te em meu jardim,
Fertilizei-te com minhas emoções,
Cultivei-te em mim,
Nas raízes das minhas razões.
Fiz-te encantada...
Desenhei-te para o meu deleite,
Criei-te para ser amada,
Sublimada como mulher, não como enfeite.
Soprei nas tuas narinas,
Dei-te a minha vida,
Abri-te aos olhos tuas meninas,
Para olhar o amor numa alma prometida.
Mulher da minha inspiração,
Não naceste de uma cópula em vão,
Vieste para mim numa real concepção,
E naceste no dia em que pariste do meu coração.