Bailarina espanhola (Tânia Meneses - inspirado no Dançarina espanhola, de R. M. Rilke)
Eu vi a sua bailarina, ó poeta
E sim, em fogo ardia
E quanto mais eu a olhava
Mais olhos eu queria
Tão bela e única em seus cabelos
Serpentes negras de sensualidade
Eu vi o poeta a comprazer-se
Dividido entre o bem e a maldade
Ah, Rilke eu vi envolto em fogo
A bailarina espanhola desejar
E vi tremer sua boca de poeta
Tantos versos dizendo a delirar
E naquele instante de fogo e de loucura
No poeta me transformei
E nele vivi todo o desejo
E da bailarina espanhola
Admirei o fogo, a formosura
E desejei morrer
O siso perder
Sob aquele “pequeno pé preciso”