Saudade fria.

Há uma saudade

fria.

No quarto solitário.

Uma cama

E um despovoado

armário.

Na penteadeira

lembranças.

Teus retratos

desbotados.

Os raios do sol

penetram pelas

fraturas das paredes.

Tingindo com suas

cores, a divisória.

Penso ainda ouvir

juras e sussurros.

Indeléveis de risos teus

a reviver lembranças.

De tudo que um dia

foi teu.

Nilópolis, 14/11/2013.