OS ELEFANTES 
 


Lá vão eles.
Dóceis, integrados, lado a lado, grandes e pequenos,
na extensa caminhada,
espreitando e selecionando perigos.
 
Cérebro ativo, ouvidos atentos , captando sentidos do que não ouvem –
e, ao que ouvem, a resposta é calada, o resmungo baixinho – parece que nada dizem, mas dizem tudo.
 
Lá vão eles, os elefantes, devagarinho, seguindo por caminhos desconhecidos,
às vezes estranhando novos amigos,
noutras, retornando aos escritos dos antigos.
 
Seguem eles atrelados, em permanente comunicação, tateando peles que tremem ao arrepio de paixões, recebendo mensagens, visuais ou não, porque vastos e profundos são seus sinais.
Lindos animais.
 
Alertas ao movimento do Universo, parecem viajar em eternos Versos.
E até mesmo em suas poucas horas de sono, permanecem compondo.
 
Lá vão eles - nossos  elefantes de todos os dias.
Vão assim como seguimos em nossa Poesia.
Essa de todos os Poetas, de todas as fantasias, 
de todos os amantes.



 
Republicação
www.recantodasletras.com.br

20.08.2007 CT T615250

Miriam Dutra
Enviado por Miriam Dutra em 13/11/2013
Reeditado em 09/10/2022
Código do texto: T4569713
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.