Sem Nome


Lá no limbo da aflição
quase ala da harmonia
escapas da perdição.

Não te sei mais todo dia
surpresas da lógica aflita
da desconstrução de ti.

Meu coração se agita

Nosso sangue corre igual
tal e qual dois afluentes
em vias de pesadelos
mesmas areias do medo
uma quebrada na curva
igual cubismo no espelho
e essa razão que turva

Em tardes como as de antes
éramos meninos velhos
não assim como as de hoje
em que tudo mais não pode

Queria te dar meu zelo
menino lindo e sem rosto
de mil faces e um só gosto
que é a gente gostar da gente

Se raciocino em canção
meu coração desfibrila
de te imaginar na fila
dos que viveram em degredo
e já te conto o segredo
do amor que dói, meu irmão

Para Júnior
Elane Tomich
Enviado por Elane Tomich em 13/11/2013
Reeditado em 23/11/2013
Código do texto: T4569712
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