Eu e Outrém

As almas são tão perfeitas

que diferentes são completas,

mas incauto destino têm,

O corpo coagido pela sociedade

vê-se obrigado a homogeneidade,

Quando se olha o outro,

busca-se encontrar a si mesmo,

o mundo não é feito de eus.

Como é incógnito os olhos do outro,

por que não há alguém igual a mim ali?

Por que não me vejo ali?

Meu corpo se resumo só a mim mesmo?

E se deixássemos de viver para o corpo

e se vivêssemos para a alma!?

a vida não seria mais simples?

não seguiria mais natural?

Por que penso como a sociedade.

Por que não vejo o que realmente quero ver

será que conhecer o que o mundo conhece

faz-me inteligente?

ou todo está inteligência e idoneidade

é debalde, pura vaidade, pois só vejo

o mundo nela desbotar.

Será que gastar horas em esforços

para sonhos tão efêmeros, compensa gastar

o ínfimo na eternidade que temos,

para simplesmente acharmos um lugar

neste mundo, abnegando-se de sua

especial diferença.

Prefiro a caverna de Platão,

Prefiro a nuvem de Magalhães,

a competição e a solidão.

Não vou gastar meu tempo,

abrirei meu pequeno universo

em eterna expansão.

Wédylon Rabelo
Enviado por Wédylon Rabelo em 13/11/2013
Reeditado em 17/04/2015
Código do texto: T4569383
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