Veias dilatadas
já não suportam
tantas procelas internas;
tanta invernia
expandindo por dentro
os surrados porões...
O que se encerra
enterra meus versos ao fundo
Dores d'um submundo
que flagela os ossos !
... que me desconstrói aos poucos...
É o carvalho orlado de sangue,
é a foice covarde e afoita
forjada por mãos (in)perfeitas
É o ofertório ao desespero
É o silêncio... O cativeiro...
...
Que se ergam pois as últimas palavras
antes do frio calar meus ventos !
Um brinde ao inimigo interno !
Íntimo inferno !
Ócio para todo sofrimento.
Íntimo inferno !
Ócio para todo sofrimento.
Denise Matos