Nau Frágil
Droga!
Hoje estou me sentindo só. Com vontade de sei lá o que.
Eu não entendo porque na solidão sempre penso em você. Logo você, a minha maior solidão e ironicamente minha maior e melhor presença. Quando me sinto só, meu coração voa para o conforto da memória de você, porto onde a nau daquilo que sou encontra pousada e repouso.
Porque será que os sentimentos tem vontade própria? Uma vontade com uma lógica que foge à razão.
Aí, eu penso em Deus e ao pensar em deus me pergunto... Porque? qual o sentido? qual a utilidade de tudo isso? E em resposta meu coração me lembra do sorriso. Então percebo o navio de minh'alma à repousar tranquilo no teu porto. Porto querido, porto maldito!
Eu quero navegar! Quero conhecer outro mar, viver um oceano. Mas não consigo, não consigo! Navego em círculos retornando sempre ao mesmo cais. Porto maldito, porto querido!
Aí, eu me lembro de Deus. E ao lembrar de Deus pergunto a ele... Porque? Qual o sentido?... De tirar de mim o palpável de tudo aquilo que eu mais amei, deixando em mim apenas memórias. E não consigo qualquer resposta. Deus me vê, me ouve, talvez até me entenda... Mas não fala comigo.
Você...